Nos dias 15 e 16 de novembro o CAE Sever do Vouga assumiu os festejos do seu 23º aniversário. O espetáculo com a comunidade intitulado ‘Liberdade, Memória e Arte’ figurou no cartaz com a devida honra e destaque.
Trata-se de uma criação em que os diferentes participantes dão um contributo ativo, fazendo parte do processo criativo. Honra seja feita à Onda Amarela. Que deu à luz coisas bonitas de se ver e sentir.
Atendendo às boas relações e ao espírito colaborativo entre a Fundação e o CAE assumimos o desafio de levar dois dos nossos seniores a participar nos ensaios possíveis e, naturalmente, nos derradeiros espetáculos de apresentação ao público.
Há constrangimentos que talvez, numa primeira linha de pensamento, sejam vistos como entrave. A lentificação motora, a maior morosidade na assimilação de informação, a memória menos persistente, o cansaço fácil e até as convenções sociais que alimentam o receio e o pudor de sair após o sol se pôr.
Mas a boa integração e o acolhimento aconchegante fizeram desta experiência uma aposta francamente vencedora. Houve dignificação, alegria, entusiasmo e também um certo nervosismo essencial à vida e ao viver. A preocupação com as horas a cumprir, as letras a saber e a escolha da roupa a vestir. Surgiu também o medo de falhar e de prejudicar uma atuação coletiva, responsabilizando-se. Existiram objetivos a curto prazo, estes que são a principal semente de esperança.
Uma imensa alegria por se sentirem parte.
Parabéns CAE e equipa. Vida longa.
A Fundação de Edite Costa Matos, Mão Amiga, nasceu em 2009, fruto de um grande sonho da sua fundadora, Edite Silva e Costa Matos, seu marido e filhos.
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